Passei a minha infância em uma cidadezinha, chamada Castanhal, no estado do Pará. Naquela terra aprendi a ler e a escrever, dançar o carimbó, tomar tacacá, açaí com farinha de tapioca e comer pupunha. Brinquei em rios e no mar com minhas irmãs. Nossa casa tinha um quintal imenso. Ali brincávamos em volta das árvores. Uma delas era o jambu enorme, de copa verde e frutos rosa e rosa pink. Tinha um pé de cacau, uma imensa roda de bananeira. Laranjeira, limoeiro e pupunha... Que saudade deste tempo cheio de cor, de cheiros e de alegrias.
De lá carrego o respeito pela diversidade da terra, da cultura e do povo. E para nunca esquecer daquela terra linda e colorida, meu irmão caçula é um legítimo paraense...
Aproveito para registrar minha indignação pela falta de investimento dos governos no estado do Pará. Com certeza a situação é muito mais séria do que a mídia tem mostrado.
Para manter a alegria e a esperança de que tudo pode dar certo, assistam ao vídeo da Gaby Amarantos, cantora considerada a Beyoncé do Pará, que junto com outros artistas locais alavancou o tecnobrega paraense.
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